sexta-feira, 30 de setembro de 2016

Eleições municipais: Morro Agudo tem 2 candidatos a prefeito e 99 a vereador    

Os brasileiros votam no próximo domingo (dia 2)  para eleger os prefeitos e vereadores de seus municípios. Como de costume, vão escolher primeiro o vereador na urna eletrônica, depois o prefeito (o Tribunal Superior Eleitoral disponibiliza um simulador para quem quiser treinar o voto).
Em Morro Agudo os eleitores contam com dois candidatos a prefeito, sendo Denilson Martins (DEM) e vice Chicão pela coligação Renovação e Trabalho (DEM / PSDB / PEN / PTB) e Gilberto Barbeti (PDT) e vice Dr. Vinicius pela coligação Voto Certo (PDT / PT / PRP / PPS / PC do B / PTN / PMDB / SD / PSC / PV / PP) e 99 candidatos a vereador que disputarão nove cadeiras no Legislativo.
Mas uma pequena alteração na regra, fruto da minirreforma eleitoral do ano passado, pode levar o vereador que você escolheu a não conseguir se eleger.
Neste ano, os vereadores precisam de um mínimo de votos para serem eleitos. O que mudou neste ano é que, além do mínimo partidário, o candidato também precisa de um mínimo de votos: 10% do quociente eleitoral.

A alteração tira o sentido do chamado voto em legenda, como alguns partidos têm alertado seus eleitores. Ainda existe a opção de votar apenas no partido, mas, caso muitos eleitores dessa legenda não escolham um candidato, o partido pode conseguir duas ou três vagas na câmara, mas corre o risco de ficar sem nenhuma. Nesse caso, o cálculo é refeito e candidatos de partidos que conseguiram menos votos podem acabar eleitos.

 
Votar para mudar
 *Reinaldo Dias

Se aproximam as eleições municipais, momento crucial para a mudança na política nacional. Os próximos dias serão importantes para pensar, refletir e analisar as implicações do gesto, aparentemente simples de votar, mas que influenciará a vida de toda uma população nos próximos anos.
As eleições deste ano têm que ser úteis e resultar em algo importante. Serão renovadas as prefeituras e as câmaras municipais. Muito poderá ser feito e o Brasil não pode se dar ao luxo de permitir que seja somente mais uma eleição e outra oportunidade perdida.
Há uma crise que ameaça provocar uma desconexão da representação política com a sociedade, que pode levar o eleitor a cumprir o dever de votar como obrigação, não como direito, escolhendo aqueles menos aptos ao exercício da política e provocando um novo ciclo de renovação perversa, onde os maus são substituídos pelos piores e assim sucessivamente.
Seria a expressão da desilusão, não somente em relação aos principais partidos nacionais, em sua incapacidade de fazer política de alto nível, voltada para os interesses da população, mas também ao desencanto proporcionado pelos muitos novos partidos e candidatos que se apresentam com propostas fragmentadas e que não sensibilizam grandes grupos de eleitores. Atualmente, mesmo aqueles que ambicionam representar a indignação não se mostram capazes de fazer política se isolando em nichos minúsculos, pouco representativos e que contribuem decisivamente para a manutenção do status quo.
A passividade dos cidadãos provém da desilusão. A cada nova eleição se renovam as expectativas, mas os novos eleitos em geral, com honrosas exceções, acabam se rendendo às velhas práticas políticas.
Ao longo dos anos o eleitor tem demonstrado uma irritação contida que aparenta passividade, mas que revela na verdade um descrédito generalizado da representação política. A indignação se dispersa nas redes sociais, ao invés de ser canalizada em manifestações mais concretas.
A impressão que passa é que a política e a sociedade formam dois mundos distintos e não relacionados entre si, e cada vez mais distantes um do outro. É preciso evitar que isso aconteça, pois caso contrário nossa vida cotidiana será prejudicada. E pior ainda, o ceticismo e a desconfiança disseminados podem servir de caldo de cultura para o surgimento de fenômenos contrários ao sistema democrático.
Essa é a importância de votar, sem deixar de refletir muito bem sobre todos os candidatos. O exercício do direito de voto implica uma decisão racional e individual, que deve levar em conta os interesses coletivos da população. A eleição municipal, deste ano, coloca em jogo o futuro do país. É nas eleições municipais que se formam lideranças, que num futuro próximo ascenderão a postos mais altos dos poderes legislativos e executivos. Logo, ao exercer seu direito de voto o cidadão deve observar com cuidado a biografia do candidato e também daqueles que o acompanham – assessores, técnicos, colaboradores – antes de se decidir pela proposta de programa mais adequada para o seu município, seu bairro ou região.

*Reinaldo Dias é professor da Universidade Presbiteriana Mackenzie, campus Campinas. Doutor em Ciências Sociais, Mestre em Ciência Política pela Unicamp e especialista em Ciências Ambientais.

**Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação 
Políticas de austeridade
*Amadeu Roberto Garrido de Paula

Há mais de um modelo de política de austeridade. Entretanto, o pensamento político mundial só conhece um: apertar os cintos, sobretudo de trabalhadores e beneficiários da previdência social. Não negamos que, em determinado momento, o arrocho social deva ocorrer, enquanto última alternativa. Salvar empresas e fazer sofrer os produtores, liminarmente, é uma dialética burra e perversa.
Ao se falar em déficit das contas públicas, raramente se olha ao núcleo duro das causas. No caso brasileiro atual, a corrupção, o desvio brutal de dinheiro público, a primeira pergunta: o que fazer para recuperar parte substancial do objeto desses crimes?  Ao se dizer que a corrupção é o mais grave problema brasileiro, muitos divergem. É moralismo.  Mas, basta ver os números.
Corrupção se combate com a Justiça. O que percebemos é o destaque às investigações criminais. Contudo, moralismo e só querer combater com a cadeia. Mais importante é o pragmatismo do ressarcimento dos bilhões surrupiados dos brasileiros. E isso é possível, em prazo imediato, sem violar as garantias do estado democrático de direito. Acelerar a recomposição de nossas finanças, com o uso das leis atuais ou que podem ser propostas pelo governo de Michel Temer. Depois de muito tempo e apesar dos murmúrios das bocas malditas, somente agora se revela que o assalto aos planos de pensão de entidades públicas equivale a aproximadamente 1/3 dos bilhões da dívida pública.
Têm de ser buscados imediatamente. Ao que consta, até este momento "somente" 8 bilhões foram recuperados. Há o profundo buraco do BNDES e responsáveis que devem ressarcir o tesouro. Muito pouco se recuperou da Petrobrás. Os dirigentes de empresas privadas que contrataram com a administração pública estão presos. Ótimo, dizem os incorrigíveis moralistas, nem só pobre e preto vão aos cárceres no Brasil. E o dinheiro? Falamos do dinheiro dos aditamentos contratuais, inclusive de obras inacabadas, que está escondido em algumas grutas.
Em suma: punir criminalmente é mais espetaculoso. Mas, recuperar nosso dinheiro para vencer a crise, é muito mais importante. Ah, não se acham mais os bilhões. Tomaram doril. Quem possui o mínimo de experiência jurídica sabe que os processos cíveis são mais complicados que os criminais.  Porém, perguntem se alguém que teve sua bolsa roubada prefere mais sua reobtenção ou ver o ladrão na cadeia... Exsurgirá algum Sérgio Moro no plano cível?
No colonismo cultural em que vivemos temos a tendência de copiar tudo, até mesmo as políticas de austeridade, que derrubam os mais pobres e só lhes deixam as alternativas de protesto, como nas ruas de Paris. É um grande equívoco, que o governo Temer está prestes a cometer, insuflado por equivocados do PSDB.  Enquanto os ladrões riem, os pobres pagam a conta e fenecem. A pinguela pode desabar e cair no rio, como disse FHC. Depois recrudescerá o caos.
A coragem está em enfrentar-se os conglomerados econômicos que depauperam nosso País e, não, em enfrentar, com a ajuda da polícia, manifestações públicas. Em verdade, temos o rumo, sabe-se como agir com destemor, mas há o famigerado equilíbrio das forças políticas. Enfrentar os ladrões significa inviabilizar o governo. Logo, pau nos sem eira, beira e poder.
O raciocínio sobre a Previdência Social também corre às avessas. Fala-se dos efeitos drásticos de suas contas, mas a verdadeira causa de um Instituto Estatal de proporção continental, que poderia não ser esse gigante (o saudoso Montoro cansou de falar sobre a descentralização administrativa, em todos os campos), não é vista. Consiste numa máquina-tartaruga-gigante, que consome mais, como atividade-meio, que os benefícios da atividade-fim. E ainda se dá ao luxo de fazer tudo errado, a ponto de termos necessidade de abomináveis órgãos de justiça previdenciária. Não se trata, a reforma previdenciária, de sangria desatada, em ordem a gerar imprevisíveis conflitos sociais. O necessário é reformar, desde já, para não falir em alguns anos. Pelo menos, esse é o discurso oficial. Então, comecemos pelo ataque às verdadeiras causas, administração caríssima, reduzível à metade, andamento paquidérmico e, além disso, guiada pela desonestidade em relação aos segurados, cuja grande maioria percebe benefícios de fome.
Se for para mexer em benefícios, que se comece dos servidores públicos e, principalmente, dos cargos mais altos. Estes são ocupados por profissionais de elevada formação educacional, que podem passar essa herança a seus filhos, frequentadores das melhores escolas privadas. Não tem mais cabimento deixar generosas e quase que intermináveis pensões a dependentes nomeados. Todos conhecem a diferença abissal entre previdência privada, do regime geral, pública, e do regime nababesco, comparado à miséria do País. Ninguém quer começar por aí. Mais uma vez, a pinguela despenca.
Fomos afogados por medidas provisórias, desde o governo de FHC. A maioria inconstitucional, porque ausentes os requisitos de urgência e relevância. Na salvação nacional, óbvio que as medidas corretas são urgentes e relevantes. Portanto, ajustadas à Constituição. Por esse meio, afastaríamos grande parte dos interesses fisiológicos que inundam o Congresso Nacional.
Há um elemento comum nas políticas de austeridade. Coragem, como já disse Michel Temer, para quem quer entrar na história e não num campo de poder, sem reeleição. Se é verdade, veremos logo. Mas, pelo andar da carruagem, tudo o que foi dito acima parece não passar de um sonho no inverno de nossa desesperança.
*Amadeu Roberto Garrido de Paula, advogado e poeta. Autor do livro Universo Invisível e membro da Academia Latino-Americana de Ciências Humanas. 

** De León Comunicações
Altruísmo e bem-estar

Quem já não sentiu uma sensação de bem-estar ao socorrer o semelhante, seja por meio de uma palavra de incentivo ou da ação incisiva de amparo e socorro? Pois bem, esse sentimento prazeroso foi objeto de estudo liderado pelo neurocientista brasileiro Jorge Moll Neto, MD e Ph.D., pesquisador do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos. Ele também é diretor-presidente do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. O trabalho foi publicado na revista científica PNAS (Proceedings of the National Academy of Sciences of the United States of America).
O site da Academia Brasileira de Ciências traz esta conclusão do Dr. Moll Neto: “Hoje sabemos que as boas ações estão relacionadas a um bem-estar mais prolongado do que as conquistas particulares, que têm um efeito momentâneo. Nós acreditamos que essa descoberta pode ter uma aplicação muito grande em termos de qualidade de vida e altruísmo”.
Pesquisas dessa importância trazem significativa lição, não somente por sabermos do sentimento benéfico que nos alcança, mas pelo que isso pode representar de efetivo e concreto na melhoria da sociedade. No meu ensaio literário O Capital de Deus (Editora Elevação), assevero:  O que alguns até agora não compreendem é que Caridade é sinônimo de Amor, e, por isso, a menosprezam, como se pudessem viver sem ela. E quem pode viver sem Amor? A pessoa que disser que não quer ser amada é mentirosa ou se encontra enferma, o que para mim é o mesmo. Quem mente não tem saúde boa. Porém, no Novo Mandamento de Jesus, “Amai-vos como Eu vos amei. Somente assim podereis ser reconhecidos como meus discípulos” (Evangelho, segundo João, 13:34 e 35), o ser humano ama ao ser humano com o Amor que o Pai Celestial moldou como realidade divina, para que cada um de nós o siga.
Esse sentimento elevado constitui expressão sublimada de solidariedade, fraternidade, compaixão, generosidade (...) E tudo isso significa instinto de sobrevivência, pois se trata do respeito que todo cidadão deve ter para com os demais.

*José de Paiva Netto é  diretor-presidente da Legião da Boa Vontade (LBV).
 
Geração Y aponta o Governo como principal influenciador na sociedade

 Pesquisa que ouviu mais de 14 mil jovens destaca uma visão otimista para o futuro
Quem você acredita que possui uma forte capacidade de influenciar a sociedade hoje? Essa pergunta foi respondida por mais de 14 mil jovens em uma pesquisa realizada pela AIESEC (www.aiesec.org.br), maior organização sem fins lucrativos gerida por jovens do mundo, reconhecida pela UNESCO. Para os brasileiros da geração Y, que tem entre 20 e 30 anos, o Governo (30%) é o maior responsável por influenciar a sociedade atualmente. Em segundo lugar fica o Setor Privado (21%) e em terceiro, as próprias pessoas (20%).
“Esse é um dado muito importante, principalmente pelo momento político que o país está enfrentando e neste ano, de eleições. É interessante saber o peso que o Governo tem sobre a juventude”, afirma Camila Khoury, diretora de Relações Públicas da AIESEC.
A pesquisa revela ainda que, ao tomar decisões importantes, a Geração Y é movida pela família, por um propósito de vida e pelo amor. “Os jovens atuais não confundem conquista com reconhecimento. Eles não tomam decisões importantes com a intenção de ganhar mais poder ou status social”, destaca Khoury.
Por fim, o levantamento também constatou que os jovens do Brasil têm uma visão otimista: 70% acreditam em um futuro melhor para os próximos 15 anos. “É muito bacana ver esse otimismo. Mesmo com tantas dificuldades eles ainda enxergam uma sociedade melhor no futuro. A liderança jovem colabora muito com isso. Precisamos de pessoas jovens que se engajem líderes para impulsionar a mudança social positiva”, conclui Camila Khoury.

*Misasi Comunicação
Saiba onde votar: locais e seções de votação
Ainda que você tenha perdido seu título de eleitor e não lembre o número dele, basta ir ao site do TSEl que, por meio de seu nome, sua data de nascimento e o nome da sua mãe, o eleitor pode ter acesso a todas as informações necessárias para votar. Para votar, basta levar um documento de identidade com foto.
 O eleitor terá de 08h00 às 17h00 do dia 2 de outubro para votar. Se houver segundo turno em seu município, ele deverá votar apenas para prefeito no dia 30 de outubro, também das 8h00 às 17h00.
Quem não conseguir votar deve justificar a ausência. Isso pode ser feito no mesmo dia da votação, caso o eleitor esteja fora de seu domicílio eleitoral, ou até o dia 1º de dezembro, para quem não votou no primeiro turno, e o dia 29 de dezembro, para quem perdeu a segunda votação.
. EMEF Roberto Robazzi – Seções: 01, 02, 03, 04, 05, 06, 07
Rua Padre Mansueto, nº 301
. EMEF. “Dr. Jader Magalhães Lara Fernandes” – Seções: 08, 09, 10, 11, 12, 34, 40
Rua José Jorge Junqueira, nº 572
. EE Manoel Martins – Seções: 13, 14, 15, 16, 17, 18, 49
Rua Sete de Setembro nº 1.725
. EE “Profª Neuza Okano Mizuno” – Seções: 25, 26, 27, 28, 29, 30, 31, 32
Rua Rio de Janeiro, nº 838
. EMEF Profª Dely G. P. de Oliveira – Seções: 33, 35, 36, 37, 38, 39, 41, 42, 43
Rua Luiz Ângelo Brunelli, nº 125
. EM “Profª Maria Amália Volpon de Figueiredo” – Escola de Comercio – Seções: 44, 45, 46, 47, 52, 53, 56, 60
Rua Barão do Rio Branco, n º 722
. EMEF Regina Celia Ferrari Guarnieri – Seções: 19, 20, 21, 22, 23, 24, 50
Avenida São José, nº 1.615
. EMEF Profª Maria Aparecida de Souza Barbeti – Seções: 48, 51, 54, 58, 61
Rua José de Grande, nº 170
. CEMEI “Projeto Pica-Pau – Seções: 55, 59
Rua Florêncio Alves Moreira, nº 1.250
. Asilo Lar Feliz - Associação Morroagudense de Amparo ao Idoso – Seção: 57

Avenida XV de Novembro, nº 1.007  
Trabalhadores exigem respeito

A intenção de passar o rolo compressor sobre os direitos trabalhistas ficou evidente diante das palavras do presidente da Câmara, Rodrigo Maia, que está ocupando interinamente a presidência da República. Rodrigo, ao desautorizar o Ministro Ronaldo Nogueira, em relação a proposta de reforma trabalhista, falou como presidente em exercício e deixou claro que as forças do atraso não querem dar tempo ao necessário diálogo com o movimento sindical.
Até agora, as reformas anunciadas, têm como principal alvo a retirada de direitos do trabalhador. A luz no fim do túnel, no entanto, surgiu essa semana quando foi anunciado pelo ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira que o Governo não apresentará prato-feito e não haverá a retirada de direitos dos trabalhadores, nem aumento da jornada de trabalho, fim do 13º salário, férias e do repouso semanal remunerado. Além disso, assegurou um amplo diálogo para se chegar a um consenso a respeito da reforma trabalhista.
Isso é o que o movimento sindical espera. Nós, da União Geral dos Trabalhadores (UGT), defendemos a modernização das relações trabalhistas, mas sem retirada de direitos. Estamos confiantes que o Ministro do Trabalho, não irá trair os trabalhadores e que a reforma passará por amplo debate com o movimento sindical. As declarações do "sargento" interino de plantão no Planalto, não nos assusta. Muito pelo contrário, só reforça a união do movimento sindical na luta em defesa dos direitos conquistados pelos trabalhadores.
Esperamos que o diálogo positivo e democrático seja o tom da conversa que o Governo pretende ter para a discussão das reformas, em todos os níveis. Reformas que o País precisa sejam amplas, passando pela reforma política e tributária. Estamos vigilantes para que nada seja feito na calada da noite, como se pretendeu com a tentativa de aprovar projeto que livraria da prisão quem usou recursos de como Caixa 2 em companhas políticas.

*Ricardo Patah- presidente Nacional da União Geral dos Trabalhadores
Ensino Médio: em meio à complexidade
*Mirian Celeste Martins

Fomos tomados de surpresa com a Medida Provisória (MP) 746/2016 de 22 de setembro. O Ensino Médio precisa de uma reformulação e ela vem em boa hora. Não se pode negar que, como traz a revista Veja neste domingo, “Os educadores concordam que não tem mais propósito fazer o aluno acumular cultura enciclopédica numa era em que o conhecimento está na internet a um clique de distância”.
A revista complementa com a voz do físico Andreas Schleicher da OCDE que reúne países desenvolvidos: “O que o jovem precisa é saber juntar as peças disponíveis e formular ideias”. Mas sabemos que isto é mais do que tornar o sistema atrativo para os estudantes como afirma a revista.
O assunto é complexo e extremamente relevante, conecta-se com outras legislações, com instituições públicas e privadas, demanda ampla discussão. Muito ainda parece indefinido e caberá aos sistemas de ensino, aos Estados e Municípios fazer suas escolhas em um processo de flexibilização que é saudável. Entretanto, de imediato é possível notar alguns aspectos que demandam grande atenção:
Sobre as verbas para a educação
 O Secretário de Educação do Estado de São Paulo José Renato Nalini (mestre e doutor em Direito Constitucional), afirmou em matéria publicada no jornal O Estado de São Paulo em 24/09, que deve usar espaços de escolas privadas: “Vamos poder usar recurso (espaço) de escolas privadas. O Sistema S (formado por Senai e Sesc, entre outros), então, vamos aproveitar tudo”.
 Usar recursos é bom, mas para onde iriam as verbas? Parece haver uma brecha para que todas as escolas que se adequarem ao sistema possam receber verba pública. Verbas para a iniciativa privada? E as escolas públicas continuariam com a precariedade em que se encontram?
 Sobre os novos percursos formativos dos estudantes: Trabalhar por áreas é uma solução interessante mas dizem que a gritaria geral contrária é corporativista. Será? Vejamos. Para o referido Secretário, na mesma matéria já citada: “É impossível falar de literatura sem falar em arte. Isso leva você até a despertar a imaginação quando faz uma descrição, enxergando um quadro, por exemplo”.
Literatura é uma das linguagens artísticas, mas a literatura como o Teatro, a Dança, a Música e as Artes Visuais fazem mais do que descrever um quadro. Os jovens vivem imersos no mundo de imagens e não podem ser meros consumidores acríticos. A visão interdisciplinar há de ser construída por um coletivo de professores especialistas e não basta dizer que “pode estar integrada até nas ciências exatas ”, como quer Maria Helena Guimarães de Castro, secretária executiva do MEC em matéria da Folha de São Paulo de 25/09.
A dimensão estética amplia a compreensão do mundo e provoca o pensamento criador e sensível necessário para qualquer área do conhecimento, mas exige um docente com formação específica e tempo curricular para isso.
 Sobre a profissão docente
 É desalentador o que se vê como perspectiva. O SESI, por exemplo, oferece um Curso de Graduação em Linguagens. Em seu site é possível descobrir que em 4 anos, além de outras funções, “O licenciado em Linguagens estará preparado para atuar como professor de Língua Portuguesa, Língua Inglesa e Artes, nos anos finais do Ensino Fundamental  no Ensino Médio”.
 Há cursos para todas as áreas. Fácil assim... E já foi autorizado e publicado no Diário Oficial da União do dia 18 de agosto de 2015. Em quatro anos seria possível habilitar um profissional com conhecimentos tão específicos? Por outro lado, em relação ao ensino profissionalizante quem avaliará o “notório saber”? Haverá alguma formação específica emergencial?
A MP não foi um bom início, mas desvela que tudo estava engendrado há muito tempo. Menos é mais? Ainda lidamos mais com conteúdos do que com conceitos, mais com objetivos do que propostas que os permitam acontecer... A MP atacou com vara curta e impulsiona o repensar a educação e a profissão docente. E exige de cada um de nós, educadores, cidadãos, bem como de nossos secretários de educação muita atenção, sensibilidade, inteligência e tempo para aprofundar os detalhes importantes que parecem apenas esboçados.

*Mirian Celeste Martins é professora no programa de Pós-graduação em Educação, Arte e História da cultura da Universidade Presbiteriana Mackenzie

**Ricardo Viveiros & Associados – Oficina de Comunicação
Projeções de inadimplência assustam - veja orientações de educação financeira
Quase metade dos brasileiros hoje inadimplentes, 46,5%, não terá condições de pagar suas dívidas em atraso nos próximos três meses. Desemprego, diminuição da renda e falta de planejamento e controle financeiro são os principais motivos, de acordo com a Pesquisa Nacional do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). Entretanto, mesmo em meio a cenário crítico, é possível organizar o orçamento e sair da inadimplência.
O primeiro passo, antes de mesmo de estabelecer um planejamento para quitar as dívidas em atraso, é refletir sobre os hábitos e comportamentos que levaram a essa situação. Para isso, é importante fazer um diagnóstico financeiro e conhecer, definitivamente, de que forma gasta seu dinheiro. Portanto, o inadimplente deve:
Anotar durante 30 dias todos os gastos que tiver, separando por tipo de despesa. Isso inclui gastos “pequenos”, que podem até ser considerado menos importantes, como gorjetas e guloseimas, pois no final do período será possível compreender de que forma, efetivamente, o dinheiro está sendo gasto. Isso nada mais é do que fazer um verdadeiro diagnóstico do seu perfil financeiro;
Relacionar, no mínimo, três sonhos: um de curto (até um ano), um de médio (de um a dez anos) e outro de longo (acima de dez anos) prazo, sendo que um deles deve ser o de sair das dívidas;
Com os números do diagnóstico financeiro em mãos, saber quais gastos poderá diminuir ou até mesmo eliminar para conseguir poupar mensalmente para realizar o sonho de sair das dívidas sem que tenha que fazer outra dívida;
Aplicar esse dinheiro em um investimento que seja coerente ao tipo de objetivo (prazo) e ao perfil do investidor. É importante consultar um especialista;
Colocar na ponta do lápis todas as dívidas que possuir, separando as que correspondem a serviços e produtos de necessidade básica, que não podem ser cortados (como água, energia elétrica, gás e aluguel) e as que sofrem juros mais altos (como cartão de crédito e cheque especial), considerando essas como prioridade para pagamento;
 Ter em mente que só se deve pagar uma dívida quando se tem condições de fazer isso, ou seja, após se planejar, pois um passo precipitado pode até piorar a situação. Portanto, só se deve procurar um credor, quando já souber quanto terá disponível mensalmente para pagar e, então, poder negociar.
Dentre os entrevistados na pesquisa que não poderão pagar suas dívidas por conta do descontrole financeiro, 31,7% alegou que o principal motivo é a vontade de aproveitar promoções sem avaliar o orçamento e 29,3% alegou não saber negociar bem no momento da compra. Portanto, há algumas perguntas que o consumidor deve se fazer antes de qualquer compra:
Eu realmente preciso desse produto?
O que ele vai trazer de benefício para a minha vida?
Se eu não comprar isso hoje, o que acontecerá?
Estou comprando por necessidade real ou movido por outro sentimento, como carência ou baixa autoestima?
Estou comprando por mim ou influenciado por outra pessoa ou por propaganda sedutora?
Se mesmo diante deste questionamento, a pessoa concluir que realmente precisa comprar o produto, é prudente se fazer mais algumas perguntas como:
De quanto eu disponho efetivamente para gastar?
Tenho o dinheiro para comprar à vista?
Precisarei comprar a prazo e pagar juros?
Tenho o valor referente a uma parcela, mas o terei daqui a três, seis ou doze meses?
Preciso do modelo mais sofisticado, ou um básico, mais em conta, atenderia perfeitamente à minha necessidade?
Dessa forma, é possível mudar hábitos e sair da situação de inadimplência de forma definitiva.

Fonte: DSOP Educação Financeira


Traição: com estranhos ou com pessoas que conhece?
 Um terço dos traidores diz que não sente culpa quando têm um caso com uma pessoa que conheceu online
A maioria dos traidores concorda que tem mais receio em ser apanhados caso durmam com alguém que conhecem
Traidores preferem ter uma boa ligação durante uma conversa do que a aparência e localização da pessoa quando tomam a decisão de dormir com alguém que conheceram online

Um novo estudo revelou que ter uma boa conversa on-line é mais importante do que a aparência, localização ou preferência de relacionamento quando se trata de escolher um estranho para ter um affair sem culpa.
 O estudo, realizado pela VictoriaMilan - um site de encontros para pessoas casadas e comprometidas que pretendem ter um caso –investigou as preferências das traições de 2.847 homens e 1.415 mulheres que são membros do site, e o mundo dos affairs on-line.
 Surpreendentemente, mais de três quartos dos homens e das mulheres pesquisados ​​disseram que prefeririam ter um affair escaldante com um estranho do que com alguém que conheçam. Um terço afirma que não há culpa se a pessoa não for um amigo ou um conhecido, um quarto acredita que há uma menor hipótese de ser apanhado. Um quinto dos traidores diz que se sente mais confortável ​​com um estranho e pode estar mais à vontade, e os restantes 18% diz que acha que os casos com estranhos são mais emocionantes.
A maioria dos traidores concorda que tem mais medo de ser apanhado, se dormirem com alguém que conheçam (42%). Pouco mais de um quinto diz que sente uma maior seriedade no caso - não é apenas considerado como diversão. 19% diz que se preocupa em desenvolver sentimentos mais profundos, e 18% diz que há muito risco envolvido para que se possam divertir.
É provável que uma boa conversa on-line feche o acordo para um caso com um estranho. Pouco menos de um terço diz que a pessoa se torna mais atrativa se viver numa cidade diferente. 23% diz que está interessado ​​se um estranho tem a mesma ideia de caso que eles. Surpreendentemente, apenas 19% vai escolher um estranho para dormir com base na sua aparência.
O fundador e CEO da Victoria Milan, Sigurd Vedal, disse que os traidores fazem tudo para proteger a sua privacidade, enquanto se divertem ao máximo.
 "Os traidores preferem ir para a cama com um estranho, porque não há inibições, há menos expectativas de compromisso e muito pouco risco em ser apanhado. Dormir com alguém que conhece é emocionante e perigoso - mas não vale a pena  caso seja apanhado", disse o Sr. Vedal.
Dados da pesquisa
Dados recolhidos de 2.847 homens e 1.415 mulheres do site Victoria Milan
. Prefere ter um caso com um estranho que conheceu on-line, em vez de alguém que conhece pessoalmente?
Sim - 76%        Não - 24%
. Se sim, porquê que prefere estar envolvido com alguém que conheceu online?
É mais emocionante - 18%
Sinto-me mais confortável - 21%
Há menos risco de alguém descobrir - 25%
Não sinto culpa nenhuma - 36%
. O que é a desvantagem em ter um caso com alguém que conhece?
Tem mais medo de ser apanhado - 42%
Posso ter sentimentos mais profundos - 19%
Há mais risco envolvido - 18%
Há a sensação de ser mais sério, do que divertido - 21%
. Que fatores considera antes de ter um encontro com alguém que conheceu online?
A sua aparência - 19%
Estarem à procura do mesmo tipo de caso que eu - 23%
Se ele/ela não vive na minha cidade - 27%

Se temos uma boa ligação enquanto conversamos - 31%