sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Almas aliviadas
*Amadeu Roberto Garrido de Paula

 A professora Janaína Paschoal se disse aliviada. Claro: além do final do dever cumprido, o sentimento de vitória. Mas uma vez, a velha e sempre nova Academia do Largo de São Francisco influi decisivamente na história brasileira, ao lado do professor Miguel Reale Júnior e de Hélio Bicudo, o bravo que demonstrou que tamanho e idade não são documentos. E para alívio de todos nós.
Com efeito, sentimos, de um lado, a alma lavada pelas enganações do lulopetismo; de outro, a esperança no futuro.
Lavamos a alma porque foi interrompido um projeto de poder maligno. Um projeto de dominação de natureza esquerdista-populista. Essa propensão ao domínio do poder levou-nos à maior crise de todos os tempos. Não é preciso exemplificar muito. A maioria do povo já se cansou de ler, ver e ouvir as agressões ao País causadas pelo PT e seus aliados. Cansou-se, nosso povo, de ver as notícias políticas comporem páginas policiais repugnantes. Para estancar esse projeto de poder, só poderíamos ter a deposição da Chefe maior, pois com ela desceu todo o projeto pela enxurrada.
A esperança no futuro porquanto nos desgarramos dos grilhões da esquerda podre; não porque tenhamos excelentes políticos para nos conduzir, a partir de agora. Mas, deveremos crescer, sustentavelmente, porque a democracia ganhou, considerando-se como democracia a livre fluências de pluralidade de ideias dentro de um mesmo grupo ou partido, o que é bom por uma razão muito simples: cada um de nós tem uma concepção do homem, da vida e do mundo, formando um caleidoscópio criativo incapaz de ficar preso no triste binômio esquerda-direita, capaz de enterrar sob  rubras trincheiras milhares de jovens e o recente gosto pela existência.
Hitler foi financiado pelo grande capital e sustentado pelas grandes fortunas, mas, também, milhões de operários integraram as fileiras do nacional-socialismo; Stálin nada proporcionou à classe operária, salvo o holocausto de milhões de camponeses que não puderam compreender a mudança imposta a seus costumes seculares. São os exemplos mais contundentes, mas o fato é que direita e esquerda deram com os burros n'água.
A esquerda, do tipo da que nos livramos, que, ao constatar que sua utopia, em todos os lugares do mundo, restou frustrada, substituiu a realidade apregoada, pelo discurso. Não sendo possível realizar os objetivos filosóficos, o vazio deveria ser preenchido por falatórios, cada vez mais sofisticados: os insucessos encobertos, tanto quanto possível ou convertidos em "meras conjunturas", mal sucedidas por fatos laterais e tópicos, mas a estrutura do porvir obedece a um a um "scritp" férreo, descrito pelo idealismo às avessas desenvolvido com muita proficiência por Karl Marx e que atraiu em sua atração mágica milhares de explorados, que jamais deixaram essa condição. O falatório vazio, as promessas descumpridas, os expedientes 

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